Me sinto só. Tanto tempo no mesmo lugar está me deixando claustrofóbico. Só tenho minha mente como amiga. Me cansei de conversar com ela, com quem devo conversar agora?
Não há ninguém a minha volta.
Estou só.
Já passa das três. Não há ninguém para conversar.
Parece que estou em um mundo pararelo. Não me vejo como parte deste lugar.
Razão de viver.
Acho que se já tive um dia, a perdi completamente.
Não há ponto a seguir.
Não há luz no fim do túnel.
Não há túnel.
Não há nada.
Onde estou? Por que vim parar aqui? Quando vim parar aqui?
Não gosto da solidão, é vazia.
Não sinto calor humano nem de mim mesmo. O que devo fazer? Não quero ficar sozinho.
Cansei da solidão.
Cansei deste lugar.
Casa.
Já chamei este lugar de lar. Estou nele há tanto tempo que já virou uma prisão.
Sem um sentido de vida, o que resta para mim? Nada.
Tento não pensar no nada. Mas minha mente me trai.
Ocupo-a com besteiras. Ela não se deixa enganar, está tão danificada quanto eu.
Barulho. Choro.
Um bebê está chorando. Sua mãe o cala. Vão dormir.
Estou no silêncio profundo mais uma vez. Rabiscando pedaços de papel inúteis na esperança de encontrar um sentido na minha vida.
Não há nada a fazer. Já esgotei minhas tentativas.
Estou perdido dentro da minha própria mente.
Preso na minha própria casa.
Alguém me ajude.
Alguém...
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)