terça-feira, 30 de março de 2010

Caindo...

E de repente, como geralmente começa os fatos mais marcantes de sua vida, sem o menor aviso, comecei a cair.

Caindo...

Não é uma simples queda, daquela que sofremos quando menos esperamos, mas que logo estamos em pé novamente, prontos para mais uma queda. Esta é uma senhora queda.
Parece um abismo sem fim, abro os olhos procurando luz, que tolice... Fecho os olhos mais uma vez, estava menos escuro.

Caindo...

Procuro uma palavra para definir este momento, mas meu cérebro passou a trabalhar cada vez mais devagar. Maldita queda, está realmente acabando comigo.
Não parece ter fim. Grito. Sem resposta. Mas isso era óbvio, estou tão fundo agora que ninguém pode me escutar. Lamento.
Só queria que o fim chegasse logo, qualquer coisa é melhor do que continuar com essa angústia.

Caindo...

Desisto de lutar com meu corpo, sinto que minha mente começa a me abandonar, começo a esquecer palavras, quem diria que no fim acabaria burro como uma po... por... Ah, deixa pra lá.
Alguma coisa dentro de mim clama por ajuda. Com certeza deve ser a parte que está ficando burra, é claro que ninguém virá me ajudar. Estou sozinho no escuro, nesse abismo sem fim, sem forças para voltar à superfície, sem vontade de tentar.

Estou caindo...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sonho

Acordar hoje foi estranho, me lembro de quase todos os sonhos que tive essa noite (eu acho), e olha que não foram poucos!
Sonhei com coisas do presente (futebol e a atual situação do meu verdão) e com coisas do passado que eu gostaria que ainda fossem parte do meu presente (não, não sonhei com nenhum antigo).

Nesse sonho em questão, eu morria. Mas não era uma morte qualquer. Eu morria salvando uma pessoa, olha como sou nobre!
E o mais engraçado nesse sonho (se é que exista algo engraçado na morte), é que a pessoa que eu salvava é, talvez, a única pessoa do mundo atualmente que eu, de fato, faria algo desse tipo. Nada contra outras pessoas que amo, mas nobreza não é meu forte.

Talvez fosse mais interessante escrever isso diretamente pra ela, levando em consideração que as chances dela ler leu blog são inexistentes, mas perdemos contato... E como eu não consegui ir lá no hotmail e escrever "olá, quanto tempo, né? Hoje tive um sonho estranho, nele estávamos numa loja, e você estava fazendo várias perguntas pra mocinha atrás do balcão sobre o produto que queria levar, exatamente como você sempre fazia. Aí entrou um doido armado querendo dinheiro, daqueles que não tem nada a perder na vida e não pensam duas vezes na hora de puxar o gatilho, e foi isso que ele fez quando você disse apavorada para ele esperar um pouco já que não estava conseguindo encontrar sua carteira, no segundo seguinte ele já estava com a arma apontada para você, no outro eu estava na sua frente, e no terceiro segundo eu acordei.
Bem, esse foi meu sonho, espero não ter te assustando com esse e-mail repentino. Até." Eu escrevi aqui, para sei lá... nunca esquecer disso, talvez.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Diálogo

Toc. Toc.

- Quem é?
- Deus Pai Todo-Poderoso Criador do Céu e da Terra, meu filho.
- Impossível.
- O que é impossível?
- Você ser meu pai.
- Por quê?
- Conheço meu pai, e o nome dele não é tão estranho assim.
- Também sou pai do seu pai.
- Quando ele nasceu?
- 16 de Setembro de 1920, às 6:00hrs de um domingo ensolarado. Modéstia a parte, foi um belo dia.
- Você vai me perdoar...
- Sempre o faço, meu filho.
- ... mas é um pouco difícil acreditar que você seja meu avô. Quer dizer, meu último nome é Silva, e não Terra.
- Essa tolice de outros nomes não foi ideia minha, posso-lhe assegurar, meu filho.
- Já disse que tenho um pai de verdade, que me criou e me ensinou a distinguir o certo do errado, então pode parar com esse papo de 'meu filho', que já tou ficando nervoso contigo.
- Pode ficar, filho. Durante todos esses anos, a Ira é um dos principais motivos que trazem seus irmãos e irmãs à mim. Sou aquele que existe para ser xingado quando não há mais quem xingar.
- Você deve ter uma vida dura...
- Há suas vantagens. Também sou aquele que é amado acima de todas as outras coisas.
- Não é unaminidade, vou logo avisando. Amo minha filha acima de tudo e todos.
- Essa, meu filho, foi minha ideia mais brilhante.
- Minha filha?
- A Maçã.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Coisas do futebol

Depois de vencer a LDU e ver a derrota do Colo-Colo, um sentimento estranho surgiu dentro de mim. Não era a tradicional confiança do torcedor, que sempre espera uma vitória do seu time, por mais improvável que ela possa ser. Era uma sensação mais consistente, como se houvesse uma voz dentro da minha cabeça constantemente falando "vamos vencer o Colo-Colo, vamos vencer o Colo-Colo...", em sua companhia estava a habitual voz declarando "Precisamos vencer o Colo-Colo, força Palmeiras!"
E foi assim ao longo dos dias, até o momento da partida. Coração batendo num ritmo acelerado, mente livre de qualquer outro pensamento além do jogo, a voz torcedora quase sem fôlego de tanto gritar "vamo ganhar porco!", e a outra, a nova, sempre da mesma forma "vamos ganhar do Colo-Colo, vamos ganhar do Colo-Colo..."
Assisti ao jogo sozinho, no sofá da sala, vibrando com cada ataque, lamentando cada bola na trave e chance perdida, sofrendo com cada investida adversária. Fim de primeito tempo, 0 x 0.
A voz torcedora já não gritava tanto, faltava apenas 45min e o time já havia mostrado que na hora de decidir a partida com aquele gol salvador, não conseguia. Mas como todo bom torcedor, continuava acreditando. A outra, bem, continuava na mesma.
Segundo tempo. O time cai de rendimento, o gol se afasta mais ainda, a voz torcedora atinge o nível de desespero total.
30min do segundo tempo. A voz torcedora se cala, na expectativa, torce em silêncio. A outra voz finalmente muda seu discurso "Isso é estranho, tenho certeza de que vamos vencer esse jogo."
35min do sengundo tempo. A voz torcedora espera por um milagre, uma bola rebatida que sobra dentro da área, um penalti chorado, uma cabeçada do 3º andar... A outra voz me diz "sente no sofá e aguarde, o gol não tarda." A obedeci.
41min do segundo tempo. Cleiton Xavier está com a bola, peço em silêncio para que toque pra alguém, afinal, havia errado 90% dos cruzamentos naquele jogo. Ele não toca, ao invés disso tira o marcador da jogada e bate. É tudo muito rápido, no segundo seguinte a rede está balançando, que chute, que curva, que golaço!!!
A voz torcedora grita de emoção "Ganhamos porra! Caralho, sabia que a íamos vencer essa merda!"
A outra voz se cala.
Desde então, apenas a voz torcedora continua falando comigo "No Palestra o Sport não tem chance! Vamo ganhar porcooo!".
Aguardo ansiosamente a volta da outra voz...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Pensamentos

Me sinto só. Tanto tempo no mesmo lugar está me deixando claustrofóbico. Só tenho minha mente como amiga. Me cansei de conversar com ela, com quem devo conversar agora?
Não há ninguém a minha volta.
Estou só.
Já passa das três. Não há ninguém para conversar.
Parece que estou em um mundo pararelo. Não me vejo como parte deste lugar.
Razão de viver.
Acho que se já tive um dia, a perdi completamente.
Não há ponto a seguir.
Não há luz no fim do túnel.
Não há túnel.
Não há nada.
Onde estou? Por que vim parar aqui? Quando vim parar aqui?
Não gosto da solidão, é vazia.
Não sinto calor humano nem de mim mesmo. O que devo fazer? Não quero ficar sozinho.
Cansei da solidão.
Cansei deste lugar.
Casa.
Já chamei este lugar de lar. Estou nele há tanto tempo que já virou uma prisão.
Sem um sentido de vida, o que resta para mim? Nada.
Tento não pensar no nada. Mas minha mente me trai.
Ocupo-a com besteiras. Ela não se deixa enganar, está tão danificada quanto eu.
Barulho. Choro.
Um bebê está chorando. Sua mãe o cala. Vão dormir.
Estou no silêncio profundo mais uma vez. Rabiscando pedaços de papel inúteis na esperança de encontrar um sentido na minha vida.
Não há nada a fazer. Já esgotei minhas tentativas.
Estou perdido dentro da minha própria mente.
Preso na minha própria casa.
Alguém me ajude.
Alguém...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Moda

Mais uma vez, quando tinha na cabeça um post super foda que iria mudar a forma como os humanos veem o mundo, ele some u.u

Preciso de um notebook, andar com ele 24hrs por dia com o Bloco de Notas aberto pra digitar tudo o que penso e considero relevante. Minha memória já anda me traindo. Deprimente.

Pela primeira vez na vida estou com medo do que o futuro me trará. Isso é bom? Sinal de que estou agindo, ou pelo menos pensando, como outras pessoas? Não vejo como isso pode ser bom, se for verdade, ser comum não é cool, não está mais na moda, nunca esteve. Pensando bem, ser original também caiu de moda.
Mas se ser comum nunca esteve na moda, e ser original não está mais na moda, qual será a moda atual? Tomara que a moda agora seja ponderar sobre qual é a moda e dessa forma, acabar encaixando-se em um novo parametro de ser/agir/pensar.
Nah, não quero estar nessa moda. Ser da moda não é legal.
Com esse pensamento em mente, posso voltar a tentar ser original, já que não está mais na moda.

"And I wonder..."

sábado, 6 de dezembro de 2008

Atrasado

Por mais que eu faça as coisas o mais cedo possível, sempre chego tarde demais.
Pessoas ao meu redor sofrem da mesma coisa, apenas não desconfiam, talvez assim seja melhor, ignorância pode ser uma bênção.

"And I wonder..."